Agnóstico, sagitariano, INTJ, paulistano, brasileiro, são-paulino, rockeiro, filho, irmão, solteiro, paranóico, hipercognitivo, professor, tradutor, marketeiro, amigo, primo, neto, web maníaco, blogueiro, cinéfilo, egito maníaco, sonhador, realista, racional demais, emocional demais, confuso...
Sou todas essas coisas, tudo ao mesmo tempo, mas ainda persiste a pergunta (ou perguntas): isso tudo me define como pessoa? O que me define? Quem sou verdadeiramente?
Não espero responder, ou diria, ser capaz de responder essas e outras perguntas...filósofos, antropólogos, e muitos outros, vêm buscando responder essa pergunta há milênios...alguns acreditam terem achado a resposta, outros têm certeza de que é algo impossível de se responder. Pessoalmente, acho que passarei a vida me fazendo essas perguntas e nunca me darei por satisfeito com qualquer resposta que venha a encontrar, ou que possam me oferecer.
Talvez, até, o grande problema sejam as próprias perguntas. Afinal, vale de alguma coisa nos perguntarmos quem realmente somos? E, além disso, que tipo de resposta estamos buscando? Não sei se parâmetros sociais, espirituais, psicológicos, metafísicos, ou qualquer outro, possam nos definir, pelo menos não individualmente.
Cada elemento que nos compõe nos define em parte, mas somos uma grande somatóiria de elementos, conhecidos ou não por nós. E, ao que me parece, vivemos buscando por um sentido para nossas vidas, e nem sei ao certo se realmente há um sentido, ou uma razão, de estarmos aqui nesse mundo.
Falando em propósitos, muitos já buscaram por algum...existencialistas, nihilistas, espiritualistas, e assim por diante. Mas, tudo me parece relativo, dependendo do ponto de vista que adotamos. Me parece tudo muito complexo, e talvez, somente talvez, a resposta para tudo isso seja simples, talvez simples demais. Pois, quem poderia afirmar, com 100% de certeza, que não estamos aqui para, não mais, viver, e tão somente isso?! Realmente não sei.
Sob outro aspecto, aquilo que nos define também me parece constantemente mutável. Já fui exclusivamente adimirador de música clássica quando era pequeno, hoje sou roqueiro (em grande parte). Já fui espírita, hoje me considero majoritariamente agnóstico. À medida em que o tempo passa, vamos mudando nossos conceitos, aprendemos um pouco mais, e, às vezes, retomamos conceitos que haviamos deixado para trás.
Além do mais, talvez tenhamos identidades diferentes sob óticas diferentes, ou melhor, sob situações ou ambientes diferentes. Por exemplo, geográcifa e socio-culturalmente, sou paulistano e brasileiro com nível universitário, etc. Politicamente, sou eleitor apto, sem afiliação política, etc. E assim por diante. Mas, também poderia adotar parâmetros mais abstratos ou mutáveis, como descrever-me por minhas atitudes ou temperamento.
Enfim, andei me questionando sobre o assunto recentemente, mas sei que estou longe de me satisfazer com qualquer conclusão que venha a obter (e o que é satisfação, não é mesmo?! Nunca estamos satisfeitos...). Mas, é isso...apenas deixo aqui alguns questionamentos e breves pensamentos, os quais, por questão do meio de mensagem, tempo, e humor, prefiro não desenvolver mais aprofundadamente aqui...
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